“Esperamos que os municípios sem acesso asfáltico não sejam vítimas de uma falsa expectiva, especialmente na proximidade do período eleitoral”.
RS 354, a tão sonhada ligação asfáltica entre Amaral Ferrador e Cristal, sonho esse que começou na gestão do ex-governador Antônio Brito, e que na época o atual prefeito de Amaral era Lyone Leite da Silva.
Batalha essa travada desde então, que hoje novamente volta a mostrar indícios de que talvez o sonho se realize de uma vez por todas, a população aguarda anciosa pela concretização das obras de nossa estrada.
Sabemos o quanto é importante essa obra para o desenvolvimento de nosso município,
Geração de emprego e renda, principalmente para nossos jovens que tem de saírem para buscar melhores oportunidades em outras cidades, justamente por tamanha falta de oportunidade em nosso município.
Acredito que Amaral Ferrador tem sim alto potencial de desenvolvimento econômico, nas áreas da agricultura e pecuária com vocação industrial e até mesmo turística, justamente por sermos beneficiados pelo nosso Balneário do Salso, uma beleza natural pela qual temos o privilégio de desfrutarmos.
A infraestrutura asfáltica é pressuposto do desenvolvimento do município, ao contrário acarreta em problemas de caráter gravíssimo, o município vendo seus índices populacionais reduzirem-se consideravelmente a cada ano, pois esses saem em busca de empregos onde haja melhores condições de trabalho e de vida.
Da mesma forma pessoas que dependem de tratamento médico em outras cidades, cuja a luta contra o tempo as vezes é perdida em atolamentos e até mesmo em acidentes com os veículos que transportam nossos pacientes até a cidade mais próxima.
Outro problema do qual enfrentamos, é a falta de investimento empresarial de peso em municípios onde haja dificuldade para o escoamento da produção, seja porque o transporte inadequado causa redução e perda na qualidade, até estes alcançarem seu destino. Não havendo investimentos em novos empreendimentos em nosso município, a população migra para outras cidades onde, em tese, há melhores oportunidades de trabalho, principalmente para nossos jovens, envelhecendo assim o município porque a população jovem não mais retorna para suas origens e o caos econômico e social se formam por esta simples, porém de esta questão que é de extrema importância.
A relevância da questão é notória, dos 496 municípios gaúchos, são 118 os que ainda se encontram sem ligação asfáltica.
Nossa população sofre com viagens por terra, trafegando em estradas de chão batido, sob o suplício de poeira, dos solavancos e depredação dos nossos veículos, é lamentável admitirmos que, em pleno o século XXI, ainda existam municípios carentes de ligação asfáltica em nosso estado.
Esta situação gera prejuízos incalculáveis a nosso município, especialmente no que se concerne ao desenvolvimento econômico.
Ademais, o desenvolvimento proveniente do acesso asfáltico aos municípios não se restringe apenas ao setor econômico, uma vez que a sua efetiva concretização acarretará melhorias à saúde, à educação, à produção agrícola, à cultura, ao turismo, dentre tantos outros setores que indubitavelmente serão atingidos por mudanças profundas e eficazes.
