terça-feira, 13 de abril de 2010

A visão dos clássicos sobre a Sociedade Moderna




A sociedade moderna foi marcada por inúmeras transformações que impactaram no modo de vida e de relação entre os indivíduos. A revolução industrial, e a reorganização do trabalho que ela fomentou, trouxe consigo uma série de problemas sociais que foram alvo de estudo de vários pensadores.

Emile Durkheim, Karl Marx e Max Weber observaram este período histórico a partir de diferentes perspectivas chegando a conclusões diferenciadas a seu respeito.

Sobre a relação homem e sociedade Emile Durkheim considerava a compreensão dos aspectos sociais fundamental para se explicar a realidade em que vive o indivíduo. Com uma percepção diferente, Karl Max afirmava que a sociedade só poderia ser explicada a partir do modo como os indivíduos se organizavam para produzir os bens necessários à sua existência. Max Weber, por sua vez, compreendia cada ação social como resultante das influências das ações de outros indivíduos.

Para o primeiro os valores sociais se impunham ao indivíduo ou pelo direito ou pelo costume, para o segundo, o modelo de sociedade resultava das ações instintivas do homem, para o terceiro, era a relação entre os homens que definia o seu comportamento e consequentemente o modelo de sociedade. Essas diferenças de olhar sobre o homem e a sociedade tiveram ao menos um ponto em comum: todos percebiam o homem a partir do contexto onde estavam inseridos e não de forma isolada.

Ainda sob enfoques diferentes, estes autores buscaram explicar a sociedade moderna. A desagregação social, decorrente da ausência de regras que pudessem estabelecer os limites das relações humanas na atividade industrial, foi um fator observado por Durkheim. Marx observou que a sociedade capitalista era marcada pela exploração e alienação do trabalho do homem o que provocava a degradação da condição humana. Weber, com um outro olhar, percebia o capitalismo como responsável por uma nova forma de organização social caracterizada pela rotinização e obediência às regras que submetia o homem a um enquadramento de suas ações sociais, a burocracia.

Mesmo sob enfoques diferentes, esses autores criticaram a sociedade capitalista à luz dos problemas sociais que surgiam a partir de sua forma organização. Suas proposições e reflexões fundamentaram inúmeras outras teorias que buscaram compreender e /ou interferir nos caminhos traçados pelo capitalismo.

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